domingo, 18 de abril de 2010

Muitas curiosidades!

Foi uma viagem longa e, além de todas as informações acadêmicas que disponibilizamos no blog durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, temos muitas outras coisas pra contar sobre a viagem!

Confira aqui algumas curiosidades sobre a viagem!



Sobre hospedagem...

Passamos por 16 hoteis, sendo que em um deles nos hospedamos duas vezes.

Em 37 dias de hospedagem tivemos apenas duas reclamações de barulho, em Ithaca, NY – pois estávamos fazendo janta de microondas todos ao mesmo tempo em dois quartos e a hóspede entre os dois quartos não gostou disso as 11 da noite. A outra reclamação foi quando descarregamos nosso material no hotel em New York, o chão era de taco e as paredes finas demais.

Sobre nossa convivência...

Foram 863 horas de convivência em grupo! Pois dormíamos, almoçávamos, jantávamos, nos locomovíamos de van, íamos no mercado, farmácia, passeios.... tudo juntos! (na verdade tem algumas horas descontadas do primeiro dia, que chegamos as 6 da manhã no aeroporto em São Paulo, e outras horas descontadas pois no penúltimo dia em NY cada um pôde passear onde quis, portanto o grupo se separou)

É interessante também que foi a primeira vez no exterior para 8 dos 11, o primeiro vôo de avião de 3 e nenhum dos 11 jamais havia pisado em solo norte-americano!

Sobre coincidências...

Estava tocando Toronuba (a música que tocamos como bis na turnê toda) no avião, tanto na ida, como na volta ao Brasil.

Na primeira turnê do PIAP, em 1987, o grupo viu a Sinfonica de Chicago com regência de Pierre Boulez. Por coincidência, a mesma orquestra (com o mesmo regente!) estava passando pela cidadezinha que estávamos e ainda tinham ingressos disponíveis que John comprou.

Sobre coisas quebradas...

A van que foi encomendada e que deveria estar no aeroporto de NY para nos pegar quebrou algumas horas antes de desembarcarmos. Por sorte, havia uma outra van da mesma companhia em Chicago. Havia horas o suficiente para a van atravessar 6 estados e chegar em tempo para nos encontrar!

Tivemos um concerto que tudo que podia dar errado, deu! Uma raganela quebrou, uma baqueta de tímpano quebrou ao meio durante uma música, um par de baquetas ficou fora do palco e na hora de procurar por elas um de nós teve que improvisar e pegar uma outra completamente diferente. Só então entendemos o porquê do John ter feito a gente ensaiar tanto, mas tanto mesmo. Pois até quando deu tudo isso errado, o concerto seguiu na maior normalidade e a platéia não imaginou que as coisas não estavam como planejado.

O que mais quebrou? Bom, todos os nossos reco-recos! Difícil de acreditar, mas todos os nossos recos, sem exceção, racharam por causa do frio. Na última semana já estávamos usando todos os reservas e eles também estavam rachados!

Sobre o uso da língua inglesa...

Já que nem todos falam inglês bem no grupo, na primeira semana era possível observar pratos iguais nas nossas refeições. Um entendia algum prato do menu e então resolvia pedir. Em seguida era uma chuva de ‘eu gostaria de pedir o mesmo que ele’ em inglês para a garçonete.

A medida que o tempo foi passando nossa mesa variou bastante, todo mundo se virou para aprender mais algumas palavras em inglês.

Sobre a Comida...

Todos os integrantes concordaram: pelo menos durante um mês nós queríamos distância até de cheiro de pizza! O prato é unânime quanto à aparição no Top 5 Comidas Deliciosas e sempre que a situação complica, a gente pede uma pizza e todo mundo fica feliz. Qual será o motivo para todos os integrantes ligarem uma semana antes para o Brasil pedindo aos seus pais/amigos/namoradas (os) que o primeiro prato a ser comido aqui fosse suco natural, bife, arroz e feijão? Acontece que lá nos EUA, muito mais que aqui, uma pizza sempre vai bem. Por sugestão do John, os professores ofereciam uma pizza depois do concerto, onde podíamos conhecê-los melhor e seus alunos também. A pizza lá é muito boa, mas, como toda comida americana, muito pesada e gordurosa. Só pra citar algumas (onze!) vezes que comemos:

· Na visita à fabrica da Vic Firth
· Depois da visita à fábrica da Zildjian
· Na festa de aniversário do primo do John
· Pizza com os alunos de Ann Arbor com Joe Gramley e Mike Udow
· Pizza no hotel de Lexington com os alunos e Jim Campbell
· Pizza na sala de percussão de Dekalb com Greg Beyer
· Pizza antes do concerto em Bloomington com os alunos, John Tofoya e Steve Houghton
· Pizza no almoço com Michael Rosen, professor de Oberlin
· Pizza após o concerto em Buffalo com os alunos, Brad Fuster e Jan Williams
· Pizza na casa do Eduardo Leandro (com seus alunos) após o concerto em Stony Brook
· Pizza quando chegamos em Manhattan

Não ajudava o fato que a bebida era refrigerante e suco artificial. Isso foi outro choque. De modo geral, eles não sabem o que é suco natural! Tivemos uma surpresa quando, no nosso primeiro almoço num restaurante familiar, pedimos suco de limão e a resposta foi ‘Normal ou Pink?’. Com o passar da viagem percebemos que tanto o normal como o Pink não são naturais e, muito pior, eles nem entendiam quando pedíamos suco natural. A pior de todas foi quando encontramos numa maquina de refrigerantes da lanchonete Subway uma placa dizendo: ‘Suco de Limão. 'Contem 0% de suco.’

Nada como nossa comidinha com suco de fruta mesmo!

Como bem sabemos, uma das comidas que nós brasileiros gostamos bastante que é tradição nos EUA são os cookies. E nós estávamos muito ansiosos para provar os originais!! Achamos que parte da verba seria ocasionalmente destinada à compra de cookies e que valeria muito à pena. Mas o que não esperávamos é que em vários hotéis na recepção encontramos potes LOTADOS de cookies deliciosos! E o melhor: DE GRAÇA! Isso criou uma expectativa no grupo, pois ficávamos torcendo para o famoso “Cookie de graça” que nunca sabíamos quando iríamos encontrar. Cada vez que chegávamos em um novo hotel, descarregávamos a van e já íamos correndo procurar os tão esperados cookies que sempre nos faziam felizes. Alguns integrantes até estocavam eles para o caso de uma temporada (hotel) sem eles!

Sobre o peso da bagagem...

Muitos de nos jogaram varias roupas fora, para liberar peso e espaço nas malas para as novas aquisições, e a maioria usou roupas intimas descartáveis, para gastar menos com lavanderia e não ter preocupações com lavar roupa.

Tivemos muita sorte com nossos excessos de peso. Tanto na ida, quando o aeroporto estava uma balburdia e ninguém tinha tempo de se importar com algumas malas pesadas demais pelas normas, como na volta, quando conhecemos uma atendente que foi muito gentil e nos deu apenas uma taxa de excesso de peso (eram 23 volumes. Ela poderia ter dado a taxa para muitos outros volumes, com certeza!)

Sobre a neve...

Logo que chegamos ao aeroporto de NY estávamos empolgados com o frio. Brincavamos de entrar e sair do aeroporto só para testar o frio que fazia do lado de fora. Quando finalmente a van chegou, apesar do frio que passávamos ao carregar o bagageiro, olhavamos impressionados para os cantos das calçadas: tinha neve suja! O John dirigiu muitas horas ate Maine e então víamos campos inteiros bem branquinhos de neve. Ficamos novamente maravilhados! E o John sempre dizendo ‘isso não é neve, voces ainda não viram neve de verdade!’. Mesmo assim nos divertíamos bastante olhando, chutando e pondo a mão naquela neve dura congelada e grudada no chão e nas arvores. Até que 10 de fevereiro chegou e vimos neve, muita neve. Tivemos um dia com neve forte e, para ter idéia de como era forte, imagine que de sair do McDonalds e caminhar alguns passos até a van no estacionamento era suficiente para deixar o gorro todo branco e o casaco cheio de neve. Nesse dia já não estávamos tão empolgados com a neve, mas com muito frio!

Nossa primeira guerra de neve foi na nossa visita a lavanderia em Keene, NH . Enquanto John acertava todos os detalhes quanto ao peso e valor da lavagem, nós andamos em volta da loja e descobrimos um monte de neve. Ninguem nunca tinha colocado as mãos na neve, então já da pra imaginar a bagunça e a felicidade que foi. Quando John saiu do estabelecimento, todos (ofegantes e gelados) fingiram que nada tinha acontecido e entraram na van normalmente.

Os responsaveis pelo boneco de neve na foto com PIAP foram Saulo e Marcos. Eles demoraram das 2 as 5 da manha pra deixa-lo perfeito. Quando o boneco estava pronto dois americanos alcoolizados destruíram a cabeça. Os meninos reconstruíram tudo, na maior paciência, para que todo o grupo pudesse encontrar com o boneco pela manhã.

Sobre momentos de azar...

Nosso GPS se perdeu nos últimos dias de viagem. Foram momentos difíceis, já que pudemos confiar nele durante toda a viagem, até então.

Tiramos fotos com praticamente todas as figuras importantes que conhecemos. Desde donos das fabricas a diretores de grupo de percussão. Infelizmente a correria foi tanta em Urbana -IL, que não tivemos o momento da foto.


Sobre momentos de sorte...

Na fronteira entre EUA e Canada passamos sem problemas. Estavamos apreensivos, por ser uma van muito grande e ter muitos volumes para examinar, abrir, conferir... Nada disso. Olharam somente se os rostos conferiam com os passaportes e o visto Canadense e pronto. Muita sorte!

Tanto na vez que fomos ao Anchor Bar em Buffalo - NY, e sentamos na mesa imediatamente a frente da banda, como quando fomos provar ‘o melhor pastrami do mundo’ (Carnegie Deli) do lado do Carnegie Hall (na cidade de New York na nossa ultima refeição) e a única mesa deles que podia abarcar 12 pessoas era na sala especial privativa, que so é utilizada com reserva.

O John diz que fomos abençoados com a sorte do tempo. Disse que normalmente em janeiro/fevereiro teria muito mais neve do que presenciamos.

Sobre o Saulo..

Foi a figura mais engraçada da viagem. Contava causos enormes e criou o ‘Piap on the road’: um momento engraçado em que ele falava com a câmera como se estivesse falando com os telespectadores. Era hilário, pois eram relatórios enormes da viagem.

Sobre o Leo...

Foi quem mais se comunicou com os professores. Ele que sempre tentava puxar papo com os nossos conhecidos para depois, já na van, dividir com todo mundo o que fulano pensava a respeito da percussão, como era o mestrado lá, o que tinha que tocar na prova, qual o repertório que o grupo de percussão de lá estava fazendo, como foi compor tal peça, etc... Ele foi um dos blogueiros e o principal responsável pelas traduções dos comentários dos professores.

Sobre a Cat...

Foi quem criou a pontuação das piadas contadas na van! Isso serviu por algumas semanas de entretenimento... pois passávamos horas demais trancados juntos. Tinhamos então uma lousa imaginária pra colocar estrelinhas para quem contasse boas piadas! Foi ela também uma das pessoas que ficava até de madrugada escrevendo aqui no blog.

Sobre o Adriano...

Foi nosso maior muambeiro! Comprou roupas pra irmã, irmão, primo, tia... a cada mudança de hotel eram mais e mais sacolas de presentes para familia dele. Foi ele também quem melhor se adaptou com a comida pois, no geral, todos os pratos vem em tamanho extra grande!

Sobre o Helvio...

Foi quem mais se comunicou sem saber a língua inglesa. Era impressionante: ele não dominava o inglês e mesmo assim a mesa repleta de americanos em volta dele estava sempre rindo!

Sobre o Sérgio...

Foi quem baixou mais megabites nos Estates. Ganha disparado de qualquer outro do grupo em horas de conexão! Nossos amigos aqui do Brasil tinham as notícias e detalhes da viagem antes mesmo dos blogueiros postarem.

Sobre o Bruno...

Foi o único que ficou doente. No início da viagem teve uma semana e meia de gripe! Bom pra ele que fazia parte do quarto das meninas que controlavam bem os remédios e faziam chá pra ele melhorar logo. Também era um dos três blogueiros oficiais.

Sobre o Charles...

Foi o único que conseguiu acompanhar, sem dúvida, TODAS as horas de viagem de van. O motivo? Ele é o único que não consegue dormir com veículo em movimento, então quando todos caiam no sono ele continuava olhando a paisagem e conversando com o John.

Sobre o Marcos...

Foi nosso maior organizador de malas no bagageiro. Uma das tarefas mais difíceis da viagem, pois venta muito e é dolorido ficar de pé na neve muito tempo carregando malas. Foi convidado com bastante ênfase a fazer mestrado em uma das faculdades visitadas: Fredonia School of Music com Kay Stonefelt!!

Sobre o Ronan...

Era nosso co-piloto. Ele que checava todos os mapas, conferia placas na estrada, pedia informações e ficava de plantão caso precisasse dirigir. Foi ele o Piap que mais dirigiu: 15 minutos! Foi só o que o John permitiu... Foi o único que conferiu todas as belas paisagens sem Insul-film.

Sobre a Patrícia...

Ela criou um personagem na viagem: o Menino Adão. Numa das primeiras cidades visitamos uma loja de 1 dolar. Lá ela comprou um fantoche do ursinho Pooh. Durante toda a viagem, em todos os momentos, lá estava o fantoche para conversar conosco! Ela também foi a responsável pelos balões de gás hélio que todos usamos para brincar no dia do Superbowl.

Sobre o John...

Ele foi o único que teve ir ao médico durante a turnê. De uma hora para outra ele ficou com os ouvidos tampados. Passou 3 horas para conseguir ser atendido e teve que pagar bastante por um remédio que não funcionou, pois como sabemos, ele ainda está com o ouvido debilitado.



Falando em John, é com muito esmero que ele fez o relatório da viagem, que será nossa próxima e última postagem. Portanto, já nos despedimos de todos nossos leitores que tanto nós acompanharam e deram forças para seguirmos na turnê em meio das tantas mudanças, saudades e surpresas. Nós, Bruno Cabrera, Catarina Percinio e Leonardo Bertolini Labrada finalizamos nossas atividades e nós despedimos como blogueiros.

sábado, 10 de abril de 2010

Algumas fotos.

Abaixo, algumas fotos do grupo na viagem!!
Respectivamente:
  1. Minutos antes do embarque no Brasil
  2. Depois do concerto no Canadá
  3. Visita a fábrica Vic Firth
  4. Confraternização na casa de Eduardo Leandro
  5. Visita a fábrica da Regal Tip
  6. Todos, depois do concerto, com Michael Udow
  7. Fim da visita a fábrica da Musser
  8. Depois d concerto, com os alunos de percussão de Swist
  9. Todos, na visita a faculdade que Michael Rosen leciona
  10. Jantar com Jam Willians
  11. Gordon Stout, conosco e seus alunos, após concerto
  12. Fim do concerto na Northern Illinois
  13. Visita a fabrica da Grover
  14. Na Eastman School of Music, com seus professores, após o concerto
  15. Visita ao New England Conservatory





























sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O derradeiro!

O concerto do dia 11 de fevereiro foi fabuloso! No dia anterior havia nevado muito e, por este motivo, a faculdade havia fechado. Portanto estavamos receosos que nao fosse possivel tocar na quinta-feira devido a neve.




Entretanto o dia amanheceu bonito, com um sol vistoso e um ceu limpo.




Algumas horas antes conhecemos o teatro. Seria um concerto atipico. Primeiro porque dividiriamos o horario com um outro grupo de camara, segundo porque nosso programa habitual seria apresentado em ordem diferente do que fizemos nos ultimos meses e terceiro porque, diferente do que encontramos em todos as salas de concerto durante a turne, o palco era de dificil acesso para quem vem da plateia ( para quem nao pode ver nosso concerto no Brasil, vou explicar: temos uma das musicas que os integrantes vem do fundo do teatro, caminhando e tocando por entre a plateia para entao subir no palco.)




Era um concerto com muitas mudancas, muitos pontos distintos do que nos automatizamos a fazer, mas a emocao de tocar na faculdade que um ex-PIAP da aula e a euforia de encontrar dois antigos integrante (Rafael e Piero - respectivamente formados em 2005 e 2008) nos ajudou a superar tudo isso.




Achavamos que ter um concerto de percussao e piano no meio do nosso programa seria algo negativo, que nos tiraria a concentracao. Mas o que de fato aconteceu foi que isso nos ajudou: descansar durante 25 minutos, depois de tocar nossa primeira parte, foi o que nos deu mais leveza pra tocar a segunda. E o concerto que assistimos foi otimo!




Depois de empacotar tudo e guardar na van fomos a casa de Eduardo Leandro - professor em Stony Brook. Ele nos recebeu com queijos, biscoitos, saladinhas, pizza, chips e bastante musica brasileira pra dancar e tocar.




Na manha da sexta-feira saimos realmente cedo com destino a Manhattan - NY, pois pegariamos bastante transito. A viagem correu bem, o ceu estava limpo.




Nosso unico inimigo era o relogio. Pois tinhamos tres horas de viagem para chegar a Manhattan, para entao encontrar algum lugar para almocar, para entao encontrar algum lugar para parar a van e descarregar (na cidade grande a situacao para estacionar um veiculo tao grande eh problematica!), para poder entrar na faculdade, montar o concerto e a masterclass antes das 15 horas! Muita coisa pra pouco tempo.




Mas, acredite se quiser, deu certo.


John, emocionado, disse que estava muito feliz por fazer o ultimo concerto da turne e que este era em homenagem a Charles Augusto, Marcos Matos, Ronan Gil e Patricia de Paula - os quatro que terminavam naquele instante a sua trajetoria no PIAP.




Dava para ver no rosto de cada um a alegria de tocar faltando tao pouco para voltar para casa. Isso deu uma energia otima pro concerto e na masterclass foi visivel que tinhamos ganhado o publico. Talvez tenha sido a masterclass que mais teve participacao da plateia: gritos, acompanhamento com palmas, risadas e eles ate cantaram um pouco com a gente.




Christopher Lamb, primeiro percussionista da Filarmonica de Nova Iorque, foi nos assistir. Foi muito especial para o Grupo.




De noite assistimos a Filarmonica de Nova Iorque tocando a Sinfonia Concertante de Mozart, A Vida de Christopher Rouse e Sinfonia 41 de Mozart. Foi absurdamente fantastico. Muito lindo!




Agora somos 11 jovens soltos em Nova Iorque em pleno sabado. Cada um decidira os passeios que fara ao amanhecer e no fim da tarde todos se encontrarao para assistir a opera Carmen, de Bizet, na companhia de Eduardo Leandro, Rafael e Piero.




Nosso voo saira no domingo a tarde, portanto segunda-feira pela manha ja estaremos de volta ao Brasil!!

Na foto: grupo PIAP e o boneco de neve feito quinta-feira.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Muitas novidades!!

No dia 3 de fevereiro fomos para Indiana University localizada em Bloomington foi, até agora, a maior faculdade em que estivemos. Eram 55 alunos de percussão, número realmente alto para este curso. Em contrapartida eram quatro excelentes professores: Kevin Bobo, John Tafoya, Steve Houghton e Michael Spiro.

O masterclass começou por volta das 16:00 e foi uns dos mais animados. Após a demonstração passamos cerca de 20 minutos respondendo as mais diversas questões sobre nossa cultura, a estrutura de nossa universidade e também sobre a viagem.
Logo após voltamos ao hotel, descansamos um pouco e retornarmos à faculdade para assistir a um concerto de música de câmara dos alunos. Tocaram Petit Suite de Claude Debussy, Veràkte Nacht de Arnold Schoenberg e a Sinfonia 31 de Mozart. Foi um bom concerto.

No dia seguinte, 4 de fevereiro, o grupo seguiu para a cidade de Indiana e visitamos o museu da PAS (Percussive Arts Society). Fomos muito bem recebidos por Patrice Bey, promotora de eventos, ela também foi nossa guia durante a visita.
O museu possui um acervo gigantesco de instrumentos históricos e informações culturais. De início vimos alguns instrumentos antigos e um bumbo gigante, ele tinha cerca de 2,5 metros de diâmetro e um som ensurdecedor para quem o tocava. Na sequência vimos diversos instrumentos africanos junto com textos sobre a cultura que eles se encaixavam. No mesmo hall havia uma parede de vidro, atrás da qual existiam incontáveis modelos de caixas, pedais, estantes das mais variadas funcionalidades, tudo muito antigo assim como alguns instrumentos muito diferentes.
Mais a frente, encontramos um par de tímpanos barrocos, as baterias de Gene Kruppa e Buddy Rich. Seguindo pelas seções do museu, vimos dados históricos sobre gravações de trilhas cinematográficas, instrumentos brasileiros e videos do nosso carnaval juntamente com as explicações sobre o que cada instrumento faz no samba. Seguindo pela área de instrumentos populares, encontramos djembes, ocean drums, derbaks e vários tipos de shakers. Pudemos experimentar esses instrumentos e outros que estavam dentro de uma sala que possuia um avançado dispositivo que mudava a reverberacao ambiente e também fazia gravações.
Vimos instrumentos desenvolvidos por Clair Omar Musser por volta dos anos 40 e percebemos que ele já era um grande inovador, pois muito de sua técnologia é usada até hoje nos instrumentos das mais variadas marcas. Essa experiência foi única para todos, passar a manhã dentro deste paraíso foi diferentemente especial para cada um do grupo.

Voltamos para o hotel, descansamos um pouco e nos prepararmos para o concerto. Seguimos para a faculdade e fomos junto com John Tafoya e Steve Houghton para uma pizzaria perto dali. Passamos um tempo lá coletando informações sobre como funciona o curso, sobre as bolsas de estudo e as experiências dos professores. De volta à faculdade fomos direto carregar o instrumental para a sala de concerto. O trabalho teve que ser feito minuciosamente, pois o tempo era curto. O teatro foi liberado para o Piap às 19:00 e a sala seria aberta ao público 19:30.
Fizemos rápidamente a montagem, marcação de palco e a checagem final. Tudo o mais depressa possível para respeitarmos o horário da faculdade. O concerto foi cheio de muita concentração e uma energia extra, pois não passamos o som.

Mais um concerto foi realizado com sucesso, os professores e também os alunos ficaram muito empolgados com a performance e elogiaram bastante. Após recolocar os instrumentos na van fomos descansar, pois a viagem no dia seguinte seria muito cansativa.
05 de fevereiro - Acordamos bem cedo e nos preparamos para a tal viagem que nos levaria de volta de Bloomington para Buffalo. Esta viagem estava programada para durar cerca de 11 horas (sem contar a parada para almoço). Após a manhã toda na estrada chegamos a Oberlin para almoçar com uma figura já conhecida de todos nós. Fomos recebidos com um "Oi Galera" por Michael Rosen, que por muitas vezes deu aulas no Femusc, Festival de Música de Santa Catarina. Nosso almoço foi bem divertido, Michael Rosen sempre muito simpático e engraçado relembrou alguns episódios dos festivais passados.
Em seguida, fomos levados para o conservatório musical de Oberlin e o Mr. Rosen nos mostrou as dependências e uma sala muito especial, que não era muito grande, mas era realmente histórica. As paredes eram cheias de fotos que Michael tirou com os mais variados nomes do mundo musical, como: Keiko Abe, Peter Erskine, Vic Firth, Alan Abel, Frank Epstein, Luciano Berio e muitos outros, além de uma foto para cada novo ano do conservatório. Depois da calorosa despedida seguimos para mais uma jornada dentro da van.

Finalmente chegamos a Buffalo! Cansados, mas muito felizes e, porque não dizer, aliviados. Mais do isso, estavamos com fome!!
Fomos jantar com outro importante nome do mundo percussivo: Jan Willians. John ficou extremamente emocionado neste evento, Jan Willians foi um de seus mais importantes e influentes professores e trabalhou com Elliott Carter, John Cage e muitos outros grandes nomes da música comtemporânea.
Após o jantar, ele muito atenciosamente respondeu diversas perguntas sobre suas fantásticas experiências musicais e muitas delas incluiam nosso querido John Boudler - que fez parte de um excelente trabalho de reviver as Construções de Cage, na decada de 70.

Nos despedimos e fomos para o hotel. Esse dia com certeza foi especial de maneiras diferentes para cada um de nós, depois de tantas emoções finalmente fomos dormir.

06 de Fevereiro - Esse foi um dia muito importante para os integrantes do grupo e principalmente para o John. Buffalo eh a casa de John, onde ele começou a fazer musica e Jan Willians foi seu professor e eh uma das principais referencias de sua vida.
O concerto foi especial e muito emocionante. John foi enfatico quanto a importancia de Jan em sua vida e na historia da percussao. Jan ficou muito tocado com o concerto e elogiou muito o grupo.

Depois fomos para uma confraternizaçao em uma pizzaria. Tres alunos de percussao foram la e alem deles, o professor de percussao, a professora de canto, o de piano e a de dança. As trocas foram muito ricas e divertidas. Paula, professora de canto, nos disse que nao sabia qual era a sua musica preferida: conforme passavam as musicas, ela achava uma melhor que a outra! Uma noite muito especial.

07,fev - No domingo, nosso terceiro e ultimo dia livre na turne, aproveitamos para arrumar as bagagens.
O transporte dos instrumentos no aviao e na van se da de maneira diferente. Para a viagem de SP - NY compactamos ao maximo o instrumental para que tudo estivesse muito bem protegido e embalado, a fim de evitar danos. Chegando nos Estados Unidos rearrumamos todos os cases para deixar o processo de montagem do concerto o mais rapido possivel. Entretanto, para que os instrumentos ficassem arrumados na ordem em que sao utilizados era necessario utilizar mais cases do que no aviao. Assim funcionou por quatro semanas... No inicio da quinta semana precisavamos organizar tudo como era anteriormente e ja deixar as malas quase prontas para o embarque no proximo domingo. Isso ocupou boas horas do nosso dia e depois tinhamos apenas o SuperBowl para acompanhar.
Do que se trata? Era a final dos dois campeonatos de futebol americano mais importantes dos EUA. Foi absurdamente divertido! Muitos de nos se reuniram em volta de uma TV enorme no quarto do John, comendo batatas, nachos, e outros salgadinhos picantes comuns por aqui. A gritaria era grande e, ainda que nem todos entendessem todas as regras do jogo, foram muitas risadas e torcida ferrenha (cada um decidiu na hora para qual time queria torcer!!). Foi uma imersao cultural importante, parecia a final do Brasileirao ou ainda a Copa do Brasil. Por ser um momento de muita audiencia pudemos presenciar tambem muitas propagandas de alta qualidade, criativas e tocantes.

08,fev - Acordamos muito cedo esse dia para viajar para a cidade de Canandaigua, NY. La se encontra a sede da fabrica de instrumentos Fall Creek Marimbas. Fomos recebidos pelo dono da fabrica, Bill Youhass, que - alem de percussionista - eh afinador de teclas, restaurador e construtor de instrumentos.
Depois de nos deixar livres em sua fabrica para experimentar seus instrumentos, Bill nos mostrou os instrumentos que estava restaurando. A maioria eram da marca Deagan e um xilofone Leedy, ambas marcas historicas. Os dois xilofones, o vibrafone e a marimba eram da decada de 40 e 50 e eram historicos.

Impressionante notar a qualidade deles ja naquela epoca, ao passo que algumas marcas e instrumentos de hoje em dia sao de qualidade bem pior.
Logo depois, Bill nos mostrou o complexo processo de transformar um taco de Rosewood (um tipo de madeira) em uma tecla de marimba e todo o processo de afinaçao. Eh algo impressionantemente trabalhoso e cheio de detalhes, que soh o tempo e muitas tentativas ensinam o afinador.

Bill foi muito receptivo na fabrica e no final do nosso passeio perguntamos sobre o melhor lugar para almocar - em alguns lugares, de segunda-feira os restaurantes fecham - e ele se prontificou a ir conosco! Foi um momento otimo, com comida familiar e um bom atendimento.

Depois dessa visita fantastica e enriquecedora voltamos para a van e seguimos viagem. Algum tempo depois tivemos uma surpresa. Todos estavam dormindo quando John gritou que acordassemos para ver a paisagem: Uma queda d`agua enorme e congelada, em meio a uma floresta cheia de neve e o sol se pondo exatamente naquele momento. Fomos apresentados a Vantaughannock falls. Foram poucos minutos de contemplacao, ja que o frio nao nos permitia aproveitar mais o exterior da van.

Chegamos a Ithaca, NY, nos hospedamos e depois cada um pode escolher a propria alimentacao. No geral todas as nossas refeicoes sao feitas em grupo devido ao tempo contado e a dificuldade de locomocao (frio e neve). Porem, desta vez era ate possivel escolher verduras e suco natural no mercado!


09 de Fevereiro - Esse prometia ser um dia intenso, pois haveria masterclass e concerto com pouco tempo entre eles. No ar, a expectativa: esse seria o dia que conheceriamos o grande percussionista e compositor Gordon Stout, do qual tocamos muitas peças para marimba e temos como referencia de marimbista.
Muito legal para gente que os nomes nos livros, metodos e lendas se tornam pessoas nessa turne, humanos simpaticos, calmos, humildes e estudiosos. Fomos muito bem recebidos pelo Stout e os seus alunos foram muito soliscitos conosco.
O masterclass transcorreu muito bem e o publico balançou com os ritmos brasileiros, afinal, nao da pra ficar parado! Como estamos no final da turne, o grupo esta cansado e sempre parece que vamos tocar sem energia. As passagens de som nao sao empolgadas, ainda que muito bem feitas
para relembrar as musicas e, principalmente, conhecer a acustica do teatro. Porem, quando chega a hora, subimos no palco e encontramos forcas uns nos outros.
Os masterclasses e concertos parecem novos, cheio de animos. Sempre como se fosse o
primeiro!

Apos o masterclass, fomos ao R.U. com grande parte dos alunos e com o proprio Stout. O sistema eh o mesmo de Keene, qual seja, paga-se um preço unico e tem-se acesso a uma grande praça com muitas opçoes.
Os alunos se mostraram curiosos para saber como nossa faculdade funcionava, nossas impressoes dos EUA e da cultura brasileira. Por outro lado, nos estavamos interessados em saber como funcionava a University of Ithaca, como era a estrutura e, principalmente, a historia de Gordon Stout.
Ele acompanhou o processo do florecimento da percussao de perto, como percussionista e compositor, em ambos os casos sendo importante pra ampliaçao e difusao do repertorio percussivo, expansao da tecnica na marimba (que se deu da metade do
seculo XX pra frente) e interprete.

O concerto foi em um teatro enorme, com lugar para 800 pessoas. O publico nos recebeu muito bem e varias pessoas vieram nos cumprimentar apos a apresentacao.
No meio da desmontagem, Stout apareceu com um quarteto de baquetas de marimba e disse que queria tocar choro conosco!! Logo as pessoas pegaram os instrumentos e os dois choros foram acompanhados. Que honra tocar com ele!
Apos a desmontagem ele ainda nos disse belas palavras. Sobre o concerto, ele tinha duas coisas a falar: a primeira era que todos os nossos sons eram bonitos e bem tocados. Sons de qualidade em todos os instrumentos, o que significa dizer que a tecnica dos integrantes do grupo eh de otima qualidade. A segunda eh que era bom ver musicos tocando em grupo desse jeito, conectados em musica de camara e apaixonados pela musica que fazem.

Fomos dormir muito preocupados, pois os jornais de NY previam uma tempestade de neve muito forte o dia seguinte inteiro. Diziam que deveriamos estocar comida e agua e somente viajar em caso de emergencia.
10 de Fevereiro - De fato, nevou a noite e o dia seguinte inteiro, mas nao nas proporçoes cataclismicas que preveram os noticiarios. Quando saimos, a neve caia regularmente e isso somente nos afetou porque tivemos que dirigir mais devagar, por segurança.
Chegamos em Stony Brook, Nova Iorque, sem maiores problemas e no fim da tarde a neve de fato aumentou e caiu intensamente. Parou bem a tempo de jantarmos, por mais que tenha deixado as ruas escorregadias.

O jantar foi delicioso: fomos com o professor da State University of New York - Stony Brook, Eduardo Leandro, os alunos Rafael e Piero (todos ex-PIAPs) e a namorada do Piero comer em uma lanchonete. Nos divertimos muito e demos muita risada, afinal, todos nos sentimos em casa, PIAPs!
Agora os percussionistas descansam, pois querem fazer um otimo concerto amanha. Todos tem
carinho por Edu Leandro, que eh um ser humano sem igual e tem o nosso respeito, por estar entre os grandes percussionistas do mundo e ter vindo do mesmo lugar que nos.
[como sempre, pedimos desculpas pelos acentos, cedilhas e tils que estao faltando. As vezes temos problemas com os teclados daqui!]

Trechos tocantes.

Greg Beyer deu autorizacao para que gravassemos seu depoimento a respeito do nosso concerto, no jantar de confraternizacao com os alunos de Northern Illinois University. O video ja esta no Youtube ha algum tempo, mas certos trechos sao tao fortes que merecem um espaco aqui no blog tambem:

"Foi obvio que voces passaram horas e horas e horas e horas praticando essa musica, decorando essa musica... O fato simples que voces decoraram o programa inteiro foi incrivel, eu fiquei sem palavras. "

"(...) eu fiquei cheio de emocao positiva e energia positiva porque é isso, exatamente esse tipo de trabalho que eu quero fazer com os meus alunos tambem(...)"

"uma programa inteiro decorado e tocado com o espitiro e a sensibilidade e o pulso, o ritmo e a sensibilidade com o ritmo que voces tem, e a ligacao as conexoes entre: a musica da rua, a musica pura brasileira, folclorica, o samba, a capoeira, tudo isso que vcs mostraram hoje, o maracatu, e tudo isso com a musica contemporanea. Voces trouxeram essa energia da rua (...) introduziram essa energia dentro do meio da musica contemporanea, isso eh especial!"

"eu tenho uma opiniao bem forte que é esse tipo de trabalho que pode cambiar o mundo (cambiar nao somente musicalmente) mas pode cambiar o mundo pelo espirito de mostrar, pela possibilidade de mostrar o que exatamente o ser humano pode fazer com a vida: contruir, criar arte com esse espirito, com essa energia ligada com o mundo inteiro. Isso é raro, o que voces fizeram é raro e eu digo simplesmente muito obrigado por essa visita! Os meus alunos, a vida de todos eles tambem mudou por essa experiencia, por este intercambio com voces. Obrigado gente!"

é esse tipo de animo que temos encontrado por aqui. Muita gente nessa viagem tem agradecido a nossa presenca e alguns ate ja disseram que nos os fizemos entender porque^ estudam percussao. Mas a verdade é que eles tambem tem mudado a nossa vida.
Nessa terra em que o acesso a bons concertos e cultura musical sao tao presentes, eh - no minimo - uma honra receber tamanho elogio. Sao igualmente valiosos os elogios vindos dos que nunca ouviram esse tipo de musica e dos que vem todo tipo regularmente, o fato eh que nao imaginavamos que conseguiriamos tocar ambos os publicos e com tanta profundidade. Tem sido uma experiencia magica para todos nos.

New York Updates!

Urgente, Urgente!

Transmitindo direto para Brasil de Stony Brook, NY, informamos que as previsoes de neve foram exageradas e que a realidade eh muito mais leves do que o informado!

Viajamos bem e chegamos sem problemas. Pais, maes e esposas podem ficar tranquilos!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Traducao memoravel!

Estivemos em Michigan faz tempo. Um dia depois de sairmos de la, Michael Udow mandou um e-mail lindissimo... Havia tanto dito ali, tantos significados condensados nas palavras dele que demoramos uma semana para traduzir! (isso inclui os 3 bloggeiros, o John e o Ronan, que fala frances)

O original em ingles:

Dear John & Groupo de Percussao do Instituto de Artes da UNESP members ~
I so appreciated the quality of the music, the quality of the organization of the program, the quality of the performers - both in terms of their musicianship and also their joyous individual personalities that contributed to a group whole such that the old, but tried and true adage of: "the whole is greater than the sum of the parts", played out beautifully on stage in compelling and often magical ways. Bravo to you and the percussionists.

The master class was equally fulfilling and instructive in the very best sense of what can happen through cultural dialogue. Not only do all the members of the ensemble move beautifully while performing, but I hope that you could tell that both in the clinic and in the concert, you, moved us, the audience in meaningful ways articulating the value of the arts in society such that the soul of our beings were elevated to a point where one can sense that there is true "raison d'etre".

I would be remiss in not offering my personal and sincere thanks to the President of your University for having the vision and imagination to let Americans know about what is obviously a jewel within your university, São Paulo and Brazil. All best wishes for the remainder of your extensive concert tour in the United States and I send along warm greetings to you and all group members in time for your return trip home to CARNIVAL~!!!! :-)

Cheers to each of you~!

Michael (Udow) ~ University of Michigan

E nossa traducao:

Queridos John e membros do Grupo de Percussao do Instituto de Artes da UNESP

– Eu apreciei tanto a qualidade da musica, a qualidade da organizacao do programa , a qualidade dos executantes – tanto em termos da musicalidade deles, quanto pelas suas joviais personalidades individuais que contribuiram para o grupo como um todo, tornando mais verdadeira a antiga frase: ‘o todo è maior do que as somas das partes’.
Tocaram belamente no palco, de maneira convincente e frequentemente magica.
Bravo a voce e aos percussionistas.


O masterclass foi igualmente enriquecedor e instrutivo, no mehor sentido das situacoes do que pode ocorrer em um dialogo cultural. Nao somente todos os membros do grupo se movem lindamente enquento tocam, mas eu espero que voce possa dizer a todos que tanto no masterclass, como no concerto, voces nos tocaram (a nos, o publico) de maneira significativa, articulando o valor das artes na sociedade de forma que a alma dos nossos seres foi elevada a um ponto que se pode verdadeiramente sertir que existe uma ‘real razao de ser/existir’.

Eu seria omisso de nao oferecer meu pessoal e sincero agradecimento ao reitor da sua universidade, por ter a visao e a imaginacao de permitir aos americanos saber sobre o que eh obviamente uma joia dentro de sua universidade, Sao Paulo e Brasil. Desejo-lhes tudo de bom pelo resto da extensa turne de concertos nos EUA e eu mando junto saudacoes calorosas a voce e a todos do grupo a tempo de voces retornarem para o CARNAVAL!!! : - )

Felicitacoes a cada um de voce!

Michael (Udow) – University of Michigan